quinta-feira, 19 de maio de 2011

REVOLTA DA VACINA




No inicio do século XX, a cidade do Rio de Janeiro, como capital da República, apesar de possuir belos palacetes e casarões, tinha graves problemas urbanos: rede insuficiente de água e esgoto, coleta de resíduos precária e cortiços super povoados. Nesse ambiente proliferavam muitas doenças, como a tuberculose, o sarampo, o tifo e a hanseníase. Alastravam-se, sobretudo, grandes epidemias de febre amarela, varíola e peste bubônica.

Decidido a sanear e modernizar a cidade, o então presidente da República Rodrigues Alves (1902-1906) deu plenos poderes ao prefeito Pereira Passos e ao médico Dr. Oswaldo Cruz para executarem um grande projeto sanitário. O prefeito pôs em prática uma ampla reforma urbana, que ficou conhecida como bota abaixo, em razão das demolições dos velhos prédios e cortiços, que deram lugar a grandes avenidas, edifícios e jardins. Milhares de pessoas pobres foram desalojadas à força, sendo obrigadas a morar nos morros e na periferia.

Oswaldo Cruz, convidado a assumir a Direção Geral da Saúde Pública, criou as Brigadas Mata Mosquitos, grupos de funcionários do Serviço Sanitário que invadiam as casas para desinfecção e extermínio dos mosquitos transmissores da febre amarela. Iniciou também a campanha de extermínio de ratos considerados os principais transmissores da peste bubônica, espalhando raticidas pela cidade e mandando o povo recolher os resíduos.
[editar] A revolta popular

"Tiros, gritaria, engarrafamento de trânsito, comércio fechado, transporte público assaltado e queimado, lampiões quebrados à pedradas, destruição de fachadas dos edifícios públicos e privados, árvores derrubadas: o povo do Rio de Janeiro se revolta contra o projeto de vacinação obrigatório proposto pelo sanitarista Oswaldo Cruz" (Gazeta de Notícias, 14 de novembro de 1904).

A resistência popular, quase um golpe militar, teve o apoio de positivistas e dos cadetes da Escola Militar. Os acontecimentos, que tiveram início no dia 10 de novembro de 1904, com uma manifestação estudantil, cresceram consideravelmente no dia 12, quando a passeata de manifestantes dirigia-se ao Palácio do Catete, sede do Governo Federal. A população estava alarmada. No domingo, dia 13, o centro do Rio de Janeiro transforma-se em campo de batalha: era a rejeição popular à vacina contra a varíola que ficou conhecida como a Revolta da Vacina, mas que foi muito além do que isto.

Para erradicar a varíola, o sanitarista convenceu o Congresso a aprovar a Lei da Vacina Obrigatória (31 de Outubro de 1904), que permitia que brigadas sanitárias, acompanhadas por policiais, entrassem nas casas para aplicar a vacina à força.

A população estava confusa e descontente. A cidade parecia em ruínas, muitos perdiam suas casas e outros tantos tiveram seus lares invadidos pelos mata-mosquitos, que agiam acompanhados por policiais. Jornais da oposição criticavam a ação do governo e falavam de supostos perigos causados pela vacina. Além disso, o boato de que a vacina teria de ser aplicada nas "partes íntimas" do corpo (as mulheres teriam que se despir diante dos vacinadores) agravou a ira da população, que se rebelou.

A aprovação da Lei da Vacina foi o estopim da revolta: no dia 5 de novembro, a oposição criava a Liga contra a Vacina Obrigatória. Entre os dias 10 e 16 de novembro, a cidade virou um campo de guerra. A população exaltada depredou lojas, virou e incendiou bondes, fez barricadas, arrancou trilhos, quebrou postes e atacou as forças da polícia com pedras, paus e pedaços de ferro. No dia 14, os cadetes da Escola Militar da Praia Vermelha também se sublevaram contra as medidas baixadas pelo Governo Federal.

A reação popular levou o governo a suspender a obrigatoriedade da vacina e a declarar estado de sítio (16 de Novembro). A rebelião foi contida, deixando 50 mortos e 110 feridos. Centenas de pessoas foram presas e, muitas delas, deportadas para o Acre.

21 comentários:

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  2. Débora, Helena, Isabela e Ingredy.19 de maio de 2011 às 04:43

    Nós entendemos que depois de terem organizado os projetos de saude ocorreu a Revolta da Vacina, isto aconteceu por que a população não aceitou a vacina contra varíola.

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  3. nao por que nos entendemos que a revolta da vacina tambem pode ser organizado pelo projeto sanitario

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  4. O que eé peste bulbônica?

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  5. Entre os dias 10 e 16 de novembro, a cidade virou um campo de guerra.porque?

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  6. antigamente os povos eram ruins um para os outros

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  7. Poliana,Natalia e Camila11 de julho de 2011 às 05:44

    Por que se revoltaram contra a vacina????

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  8. o que e isso peste bulbonica

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  9. por que entre os dias 12 e 13 quando o passeata de manifestante dirigia-se ao palacio do catete

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  10. Fiquei revoltada com isso ! Por que que só os pobres tinham que vacinar ?!?!

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  11. nao sei...mais paresse que so os pobres que tem doença isso e uma palhaçada ! essas pesssoas sao muita preconceituosa!!

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  12. Depois do projeto sanitário ocorreu a revolta da vacina por que os habitantes nao queriam tomar a vacina contra varíola

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  13. tinha que vacinar para as pessoas não ficarem doentes

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  14. não, porque todos pessoas podia ter doenças como os ricos e os pobre não era preconceito por que as doenças podia passar para todas as pessoas!!!!!

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  15. por que Entre os dias 10 e 16 de novembro, a cidade virou um campo de guerra

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  16. Achei bom , acho que eles so nao apresentaram o trabalho direito , faltou um pouco mais de explicação ...

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  17. Achei bom , acho que eles so nao apresentaram o trabalho direito , faltou um pouco mais de explicação ...

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  18. Ficou bom , achei super legal o trabalho , eu queria estar apresentando esse trabalho .

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  19. não faltou nenhuma explicação não mateus.jr você que não leu direito?

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  20. fico bom mesmo? mais você não vai participar por que nos trabalhamos muito ? e isso nao e pergunta marcos.v

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  21. http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_da_Vacina

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